Dia 2 Campanha Seward Johnson - A guest post from Gustavo Duarte
Gustavo Duarte is a PhD student with the Abrolhos expedition. Here, he describes for Portuguese readers, Day 2 of the research cruise. Gustavo has a blog at IPAq; you can read more there.
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Ontem o que fizemos basicamente foi combinar toda a estratégia de coleta para hoje. O submersível estava agendado para descer as 8:00 da manhã com dois pesquisadores: Clovis Castro, meu orientador do Museu Nacional e Shirley Pomponi, do Harbor Branch, além do piloto e do co-piloto.
O mergulho foi um sucesso total. Foram trazidas várias espécies de mar profundo. O destaque foi uma belíssima estrala do mar, vários caranguejos bem diferentes, um lirio do mar e várias espécies de corais vivos.
A temperatura da água durante o mergulho foi de 6˚C aos 700 m subindo para 8˚C aos 450 m. Na verdade o submersível desce até a profundidade máxima do mergulho e vai junto ao fundo até a profundidade mínima e então sobe a superfície.
Os corais estão nos aquários que estão por sua vez dentro de uma câmara fria, a tal “environmental chamber”. Lá eu tenho água do mar corrente saindo de uma torneira. Montei os fragmentos num suporte usando superbonder gel e depois durepoxi. Se sobreviverem até amanhã vou alimentá-los com naupilios de artêmia e plancton coletado pelo navio.
Deu muito trabalho triar todo o material, veio muita coisa diferente. Mais a noite eu tento postar as fotos. Agora estamos fazendo coleta de água em várias profundidades para medir nutrientes, penetração da luz, níveis de clorofila, temperatura, tudo isso de acordo com a profundidade. Um pesquisador a bordo vai filtrar esta água e congelar o material a -80˚C para análise genética dos microorganismos presentes na coluna d’água. Para isso estão usando um CTD com uma rossette.
As 4 da tarde faremos um mergulho mais raso, que começará em 120 m e terminará em 70 m. Coletaremos amostras de corais com zooxantelas e eu medirei a resposta fotossintética destes organismos. Depois, usando uma serra copo, vou retirar uns plugs de cada coral e no laboratório do Rio iremos medir a clorofila das amostras, a microbiota associada bem como uma contagem de zooxantelas.
Com isso esperamos conhecer um pouco mais destes corais que conseguem fazer fotossíntese em regiões tão fundas.
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